João Batista veio para preparar o caminho do Senhor. No momento oportuno, ele apontou para Jesus de Nazaré e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” No dia seguinte, ele repetiu a mesma descrição do Senhor (João 1:29,36).
João foi guiado pelo Espírito a usar a palavra certa. Mais de 90% das ocorrências da palavra “cordeiro”, no Velho Testamento, referem-se a ofertas e sacrifícios a Deus, inclusive a bem-conhecida profecia messiânica de Isaías 53:7. Os discípulos de João, judeus que esperavam o Messias, entendiam a importância de sua declaração, mesmo precisando de provas para formar suas próprias convicções (João 20:30-31). A palavra aparece mais algumas vezes em Atos (8:32) e nas epístolas (1 Coríntios 5:7; 1 Pedro 1:19), mas o livro que mais descreve Jesus com este termo é o Apocalipse. Mais de 30 vezes no último livro da Bíblia, Jesus é identificado como o Cordeiro.
O Cordeiro no Apocalipse é uma figura com poder absoluto. O papel dele de sacrifício é central, mas ele se apresenta como o Cordeiro que foi morto mas agora vive. Pelo seu sangue, ele dá a vitória aos fiéis e lava as vestiduras deles (7:14; 12:11). O Cordeiro, também descrito como o Leão de Judá, é o único digno de abrir os selos do livro para revelar e executar a vontade de Deus (5:1-5). Ele é digno, também, de receber a adoração de todas as criaturas no céu e na terra (5:11-14). Aparece no monte Sião com os fiéis da terra (14:1).
Um dos fatos mais impressionantes sobre o Cordeiro do Apocalipse é que ele é um guerreiro vitorioso. Apesar da imagem comum de cordeiros como animais mansos e inofensivos, o Cordeiro de Deus é um forte vencedor, garantindo a vitória dos fiéis que estejam com ele (17:14). Por outro lado, aqueles que rejeitam o Cordeiro são punidos diante dele (14:10). No final do livro, os discípulos são chamados às bodas do Cordeiro, quando ele recebe sua noiva (19:7-9; 21:9). O Cordeiro se torna a lâmpada que ilumina a cidade santa. Eis o Cordeiro de Deus!
–por Dennis Allan
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